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O Cavalheiro Inglês de Carla M. Soares



PORTUGAL. 1892. Na sequência do Ultimato inglês e da crise económica na Europa e em Portugal, os governos sucedem-se, os grupos republicanos e anarquistas crescem em número e importância e em Portugal já se vislumbra a decadência da nobreza e o fim da monarquia.

Os ingleses que permanecem em Portugal não são amados.


O visconde Silva Andrade está falido, em resultado de maus investimentos em África e no Brasil, e necessita com urgência de casar a sua filha, para garantir o investimento na sua fábrica.


Uma história empolgante que nos transporta para Portugal na transição do século XIX para o século XX numa descrição recheada de momentos históricos e encadeada com as emoções e a vida de uma família orgulhosamente portuguesa.


 
Carla M. Soares nasceu em Moçâmedes em 1971. Formou-se em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras de Lisboa e tornou-se professora, de alma e coração. 

Tem um mestrado em Estudos Americanos. A tese de doutoramento em História da Arte, começada na Faculdade onde se formou, aguarda dias mais tranquilos para uma conclusão cuidada. 

Publicou em 2012 o romance de época Alma Rebelde, com a Porto Editora, e embarcou em 2014 na aventura digital, publicando o romance A Chama ao Vento, com a Coolbooks.

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Opinão: Alma Rebelde


Esta é uma das poucas obras de autores portugueses que li. De facto, passaram-me ao lado grandes livros! “Mea culpa”

Confesso que fiquei muito curioso com o que a obra me parecia proporcionar, e não me senti defraudado.

A obra acompanha a vida de Joana, uma jovem que a troco de conveniências comerciais e de posição social se vê confrontada com um casamento arranjado. Sentindo-se reclusa de um estatuto de mulher que lhe é imposto mas não o aceita como seu, vê no casamento mais uma provação, ou … talvez não?

Começamos a deambular por seus receios que uma e outra vez frisam o seu descontentamento. Depois a história flui e tornam-se viciantes os avanços e recuos da sua opinião pelo seu futuro marido.

A escrita é cuidada e cativante, achei interessante a forma e importância dada às cartas que acompanham a história.


Detalhes do livro aqui.

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Entrevista com Carla M. Soares


1 - Estamos perante a sua primeira obra ("Alma Rebelde"), um romance histórico, se tivesse que escolher uma frase para descrever o livro qual seria?

Alma Rebelde é uma narrativa romântica, que nasceu da ideia da troca de cartas entre primas, e depois cresceu sozinha para outra coisa um pouco diferente. É uma história de amor, mas também de confronto entre o secreto desejo de liberdade de uma jovem e o seu medo do futuro, presa na gaiola de ouro que muitas vezes era o casamento na época.

2 - Joana é a personagem principal do seu romance, há Carla Soares em "Joana"?

Oh, só se for a Carla de há 20 anos atrás! A minha resposta automática seria não. A Joana é uma menina, novinha e de outra época, com batalhas internas que nós, mulheres europeias do século XXI, já não temos. Mas não é bem assim. Há sempre qualquer coisa do autor nas suas personagens, quanto mais não seja a imaginação. A Joana tem um lado inconformado, bem escondido, e um medo do futuro que talvez eu tenha tido também, numa fase em que ainda se justificava tê-los. O que quero dizer é que, se tivesse sido uma jovem na sua situação, talvez não fosse muito diferente.

3 - Quando o "bichinho da escrita" se revelou?

É mesmo um “bichinho”, como diz, que fica cá dentro, latente, à espera de um determinado momento para se manifestar. Para escrever narrativas é preciso uma predisposição mental, uma espécie de disciplina que eu só tive depois dos trinta, com vários anos de trabalho e dois filhos... coincidiu, mais coisa menos coisa, com a altura em que me senti capaz de voltar a estudar e fui fazer mestrado. Lia muita fantasia, que precisa sempre de histórias bastante dinâmicas e bem arredondadas, surgiu-me uma ideia e decidi ver até que ponto era capaz de levá-la. Levei-a até ao fim, 300 páginas de uma história, com mapas e tudo, que ainda hoje merece o meu respeito ! Depois disso, não parei mais, devo ter sete ou oito originais na gaveta, quase todos de fantasia / fantástico... e nem todos dignos de verem a luz do dia sem muito trabalho! Alma Rebelde foi o primeiro (mas não o último) fora desse género, e é também o mais curto e mais romântico que escrevi até agora. Curioso, não é?

4 - Como se desenrola o seu processo criativo? É do tipo de escritora que se protege num escritório fechado para se concentrar, ou necessita de um ambiente mais aberto e com mais estímulos sensoriais para escrever?

Escrevo em qualquer parte, em silêncio ou com montes de barulho. Gosto particularmente de estar à mesa de uma pastelaria, sozinha com um café, numa espécie de “bolsa” de ruído, mas na verdade tanto faz. Uma vez envolvida no que estou a fazer, basta-me que não falem comigo. As minhas colegas até me gabam essa capacidade de concentração no meio da confusão ( estou a sorrir, hem!)! Quanto ao “processo criativo”, gostava muito de dizer que tenho a organização suficiente para planear uma história do início ao fim e seguir o plano. Geralmente tenho uma ideia do que quero fazer e onde quero que as personagens vão dar, mas às vezes trocam-me as voltas e as histórias mudam, vão crescendo, seguindo os seus próprios rumos. O fim nem sempre é o que previra inicialmente. E releio e reescrevo muito, confirmo as coisas, altero... cada vez que releio um texto há coisas que me apetece alterar. Até tive que forçar-me a não ler mais o Alma Rebelde, já sob a forma de livro, apetecia-me mudar, mudar, mudar!

5 - Altura do dia preferida para escrever?

Escrevo mais e melhor de manhã, mas essa não é sempre uma opção... sou professora, o meu dia começa às 8.30, todos os dias da semana! Ao fim de semana vingo-me, passo a manhã a escrever ou a rever texto. Em geral, ando sempre com o netbook, parece uma extensão do meu braço, e escrevo quando posso.

6 - Alguma obra literária que a tenha marcado, Qual?

Tive muitos e bons clássicos na minha formação académica, Shakespeare, Walt Whitman, Eça de Queirós, Fernando Pessoa, e li muitos outros por gosto, como Tolkien, Somerset Maugham, Ernest Hemingway. Leio muito e há vários autores que aprecio, não rejeito nada à partida por causa do género. Pego com o mesmo gosto em Saramago, Murakami ou Zafon, como em Julia Quinn, Anne Bishop ou Juliet Marillier, uma amostra muito escassa daquilo que gosto de ler.

Obrigado Carla, pela simpatia e por ter aceite o nosso convite, esperamos a breve trecho poder apresentar um comentário sobre o livro. A Equipa Livros e Marcadores.

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Alma Rebelde










Título: Alma Rebelde

Autor: Carla M. Soares

Págs: 299

Capa: mole com badanas


Alma Rebelde é a obra de estreia de Carla M. Soares

O dia 12 de abril marca a entrada de uma nova autora portuguesa no catálogo da Porto Editora. Carla M. Soares é professora, doutoranda em História da Arte, e estreia-se com Alma Rebelde, uma narrativa de amor passada no séc. XIX.

Conciliando a escrita suave e fluida com uma intensa troca epistolar, este romance reflete o papel da mulher e do casamento neste período histórico.

O livro vai ser apresentado no espaço do Grupo Porto Editora na Feira do Livro de Lisboa, no dia 25 de abril, às 18:00.

Sinopse: No calor das febres que incendeiam a Lisboa do século XIX, Joana, uma burguesa jovem e demasiado inteligente para o seu próprio bem, vê o destino traçado num trato comercial entre o pai e o patriarca de uma família nobre e sem meios.

Contrariada, Joana percorre os quilómetros até à nova casa, preparando-se para um futuro de obediências e nenhuma esperança.

Mas Santiago, o noivo, é em tudo diferente do que esperava. Pouco convencional, vivido e, acima de tudo, livre, depressa desarma Joana, com promessas de igualdade, respeito e até amor.

Numa atmosfera de sedução incontida e de aventuras quase fatais, desenham-se os alicerces de um amor imprevisto… Mas será Joana capaz de confiar neste companheiro inesperado e entregar-se à liberdade com que sempre sonhou? Ou esconderá o encanto de Santiago um perigo ainda maior?

A Autora: Carla M. Soares nasceu em 1971.

Formou-se em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras de Lisboa, e tornou-se professora. Tem um Mestrado em Estudos Americanos, em Literatura Gótica e Film Studies. É doutoranda no Instituto de História da Arte, na Faculdade onde se formou.

É, antes de mais, filha, mãe, mulher, amiga. Leitora e escritora compulsiva. Sempre.

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