O Dia em que Estaline Encontrou Picasso na Biblioteca de Alice Brito


Um romance histórico que atravessa todo o século XX e termina nas dificuldades que enfrentamos na actualidade, interrogando as responsabilidades das esquerdas e concretamente do estalinismo e evocando episódios históricos como o do Ouro de Moscovo em que, em 1936, durante a Guerra Civil, o governo republicano espanhol enviou para a União Soviética as reservas de ouro do Banco de Espanha (a 4.ª maior reserva de ouro do mundo), para as pôr a salvo.

Reservas que nunca foram devolvidas, com a alegação de que seriam pagamento da ajuda militar soviética ao governo republicano durante a guerra.

«Sou um contentor da História do século XX», diz Juan, em carta à sua neta Dulce. História da Europa e dos seus horrores, utopias e derrotas. História de uma Esquerda de que faltam apurar muitas contas escusas - e escuras - e do soçobrar de um ideal que vem desembocar naquilo que é hoje, para David, Dulce, Nuno e Josefina, a proclamada «inevitabilidade» das
nossas vidas. 

Juan e Maria Bento, as personagens centrais que constroem os seus próprios destinos, ficarão para a memória leitora como um par improvável e apaixonados já vistos – entre o  anarquismo convicto de Juan e a militância inflexível de Maria Bento, que as ligações ao KGB disciplinam, há uma ponte incerta que oscila, baloiça e finalmente se verga ao peso da paixão.


 
Alice Brito nasceu em Setúbal, em 1945, e aí reside até hoje.

É advogada, militante política e cronista em alguns periódicos regionais e online.


As Mulheres da Fonte Nova (Planeta, 2012) é o seu primeiro romance.

http://www.planeta.pt/

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